Comer. Poupar. Amar.

 Olá!

Imaginamos que possas ter alguma curiosidade em relação a nós, por isso este post é para nos apresentarmos minimamente. Por motivos óbvios, preferimos manter-nos anónimos. Por isso, vamos referir-nos a nós mesmos como Ele e Ela. Quem vos escreve é Ela.

Em termos de idade, estamos os dois a meio do caminho entre os 30 e os 40. É uma idade muito interessante, a meu ver, porque é por volta desta altura que muita gente enfrenta a realidade de ser adulto. 

Somos um casal como muitos outros, em nada particularmente especial. Temos personalidades deveras diferentes (embora complementares), temos nacionalidades diferentes (por enquanto só um de nós é Português), interessamo-nos por coisas diferentes (embora tenhamos muito em comum). Ele cozinha melhor, mas ambos gostamos muito de comer e beber bem.

Vivemos num T2 simples e confortável, embora longe de ser chic, algures entre Lisboa e Sintra. Temos um filho, a quem vamos atribuir o ilustre pseudónimo de Júnior. Ele é o amor da nossa vida, a origem das nossas maiores alegrias, o principal culpado do nosso cansaço e também o nosso maior investimento!

Trabalhamos os dois a tempo inteiro por conta de outrem, somos efectivos, e desde Março de 2020 que estamos ambos em teletrabalho. Consideramo-nos muito sortudos por termos a possibilidade de enfrentar os desafios desta pandemia com alguma tranquilidade, uma vez que trabalharmos num sector que tem sido pouco atingido pela instabilidade económica. 

Neste momento, conseguimos poupar cerca de metade do nosso rendimento familiar. Não temos quaisquer dívidas ou créditos, pois tanto o nosso apartamento como o nosso carro já estão totalmente pagos. Criamos um fundo de emergência capaz de suprir as nossas necessidades básicas por pelo menos 6 meses e temos algumas poupanças com finalidades específicas, tais como a aquisição de um imóvel para investimento. Estamos longe de ser ricos (embora sejamos ricas pessoas), mas sabemos que estamos numa posição bastante privilegiada em relação a muitos.

Ah! Muito importante: cá em casa fala-se abertamente de dinheiro e não há "o meu dinheiro" e "o teu dinheiro", apenas "o nosso dinheiro". O que conta é o nosso rendimento mensal conjunto. A nossa relação com o dinheiro evoluiu organicamente, desde que começamos a namorar. Temos conta conjunta e achamos que assim é que deve ser quando duas pessoas decidem fazer a vida em parceria. 

E é porque queremos realmente ter uma visão conjunta daquilo que esperamos da vida, que começamos a pensar mais a sério no que podemos fazer agora para termos uma velhice tranquila. Acreditamos que vale a pena "correr mais um pouco" agora para "descansar mais à frente", nunca perdendo as prioridades de vista, é claro. 

Um dos nossos principais objectivos é aprender mais sobre finanças para podermos poupar mais e investir melhor o nosso dinheiro, de modo a podermos deixar de trabalhar aos 50 anos. Ou seja, daqui a aproximadamente 15 anos. Temos visto que é possível para muita gente reformar-se aos 40, 45 anos. Para sermos mais conservadores e gerirmos melhor as expectativas, estabelecemos a meta de reforma aos 50. Não quer dizer que planeemos deixar de trabalhar, apenas que almejamos ter mais liberdade para nos dedicarmos a actividades que nos tragam mais satisfação e ter mais tempo para amar os nossos, ao invés de continuar na rat race até aos 72 anos ou seja lá qual for a idade média de reforma daqui a 30 anos.

Estamos a aprender muito com outros e queremos partilhar o que aprendemos também.

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